segunda-feira, 21 de julho de 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Divagações acerca da felicidade infeliz

imagem: http://www.flickr.com/photos/felixtito/
Triste? Não pode!! Tem que ficar feliz mesmo na infelicidade, se é que me entende... Certas coisas independem de sua pessoa ou de seus desejos... Normalmente independem até do Cara lá de cima!

Na hora da tristeza é que a gente tem que levantar a cabeça e tocar o barco. Ficar martelando no problema, não é legal. Afunda! O ideal é começar atuando uma certa felicidade (ainda que pareça idiota!) que, no final das contas, você vai acabar acreditando que até é um tantinho feliz sim e aí é um pulo pra começar a ver as coisas com outros olhos, mais coloridinhas, mais musicais, enquanto o problema se resolve por si só ou através das suas próprias atitudes.

Como? Por quê? Oras, explico: porque quando a gente menos espera surge aquela lâmpada maravilhosa igualzinha àquela dos gibis que a gente lia quando era criança (confesso, faço isso até hoje!rsrs) e ilumina a massa cinzenta sabiamente arquivada na cabeça com uma baita idéia genial ao melhor estilo "einsteiniano" (olha eu criando vocabulário! Aurélio que se cuide - eu já tenho uma penca delas!!!) e... pronto! Um novo ser acaba de ser (re)criado!

Problemas? Tenho muitos! No final junto todos e faço uma boa sopa de letrinhas! No final surgem em posts, cartas, manuscritos, músicas, desenhos, quadros, guloseimas... Meu momento é este e o meu verbo que vem bem a calhar é CRIAR!

Doideira total, insanidade completa... mas, vem cá, você aí que leu deve ter pelo menos dado um sorrisinho, não?

domingo, 13 de julho de 2008

A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.

Florbela Espanca

Nós somos o que fazemos

O que não fazemos não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos, apenas duramos.
Padre Antonio Vieira, 1608-1697.

sábado, 12 de julho de 2008

Sabedoria Jaggeriana...

And you can't always get what you want, honey,
Você não pode ter sempre o que quer
You can't always get what you want,
Você não pode ter sempre o que quer
You cant always get what you want,
Você não pode ter sempre o que quer
But if you try sometimes, yeah,
Mas se você tentar algumas vezes
You just might find
Você quase pode encontrar
you get what you need
Você encontra o que precisa

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O melhor amigo da noiva (Made of Honor)

Sinopse
Para Tom (Patrick Dempsey), a vida é boa: ele é sexy, bem sucedido, tem muita sorte com as mulheres e sabe que sempre pode contar com Hannah (Michelle Monaghan), sua encantadora melhor amiga, e única presença constante em sua vida. É a combinação perfeita, até que Hannah parte numa viagem de seis semanas, a negócios, para a Escócia... e Tom fica perplexo ao perceber como sua vida ficou vazia sem ela. Ele decide pedir Hannah em casamento assim que ela chegar - mas se frustra ao descobrir que ela ficou noiva de um belo e rico escocês, e planeja viver seu amor no exterior. Quando Hannah convida Tom para ser "sua dama de honra", ele aceita o papel, relutante, mas apenas para tentar persuadir Hannah e impedir o casamento, antes que seja tarde demais.

Por que vale a pena?
Sedutor incorrigível e solteiro convicto, ele lembra o personagem de Nick Hornby vivido por Hugh Grant em Um Grande Garoto (About a Boy, 2002). Jamais leva as conquistas para o seu apartamento, nunca liga antes de 24hs depois do fim de um encontro e vive despreocupadamente, sem precisar trabalhar desde que ficou milionário ao inventar aquelas luvinhas de papel que protegem as mãos da fervura dos copos de café. Ele é avesso a relacionamentos e as únicas exceções são os amigos do basquete e Hannah (Michelle Monaghan). É com a amiga dos tempos da escola que ele passa todos os momentos livres.
Eles se conhecem profundamente. Dividem pequenas manias, como adivinhar a sobremesa que o outro vai pedir — e que será inevitavelmente compartilhada. Os longos anos de relacionamento platônico lhes renderam uma convivência leve e a abertura para ironizar as fraquezas e os medos do outro que só os grandes amigos têm. Toda garota sonha ter o seu Tom. Algumas até conseguem. Mas em geral, o rapaz é gay, como em O Casamento do Meu Melhor Amigo (My Best Friend’s Wedding, 1997), uma referência mais que evidente.

É depois de uma temporada de seis semanas na Escócia que a melhor amiga se transforma na noiva do título. Ela volta da temporada de trabalho no exterior com um noivo a tiracolo, justo quando Tom se deu conta que ela é a grande mulher de sua vida. Convidado para ser a principal “madrinha”, ele dá uma de Julia Roberts e decide usar os poderes do cargo para fazer a moça mudar de idéia. E então entram em cena todos os elementos da fórmula tradicional das comédias românticas: a prima loira invejosa e namoradeira, a gordinha que sonha tirar o pé da lama no casamento da amiga, a disputa velada entre os rivais levada a cabo em tardes de esporte...

O desfecho de muitas cenas é absolutamente previsível — o que de modo algum reduz a doçura do enredo. O fator surpresa fica por conta das tradições de casamento escocesas, que entram em cena quando Hannah e companhia partem para o castelo do noivo, onde a cerimônia será celebrada. As paisagens do interior da Escócia contribuem para o encantamento que a história é capaz de provocar, mesmo sendo pouco original. Quem gosta de acreditar que garotas bacanas podem sim viver contos de fada modernos não verá nada de errado nas situações fantasiosas que farão resmungar os mais céticos. E qualquer moça com a receita dos óculos em dia terá inúmeras razões para suspirar diante do charme e do irresistível azul dos olhos de Dempsey — que honra com todo louvor o apelidinho de McDreamy.

Eu gostei! E muito!!

trailer do filme: www.youtube.com/watch?v=rhAz74QAP2c

Tudo, no final, é convergente e linear...

O fácil do fake

Hoje, um diazinho liiiindo, pacato, calmo até demais. Não sei porquê lembrei de uma amiga das antigas, produtora de moda doidinha, doidinha - mais que eu, claro! Ela se dizia - e era mesmo - toda fake. Loira (quando a auto-estima estava em alta) que era morena (quando colocava lentes de contato verdes) que virava ruiva (todo inverno) que voltava a ser morena (no outono ou quando se sentia um caco e não queria que ninguém olhasse pra cara dela).

Durante o dia, estilosa, moderninha, parecia personagem de HQ: usava bandana, cabelo rasta, tererê, milhares de mini-borboletas na cabeça, cílios postiços e maquiagem digamos que um tanto quanto chamativa. Vez ou outra ia de cuturno pra cima e pra baixo e a maleta cor-de-rosa choque de make-up sempre a acompanhá-la.

À noite ela se "montava": cílios cor-de-rosa ou pretinho básico (nem tão básico assim, não sei como enxergava com aquele negócio enorme), make-up pesadíssimo, lentes de contato (odiava os olhos castanhos e vivia me enchendo o saco pra enfiar umas lentes castanhas nos meus por causa disso), cabelo estilo "vim de moto" com aquele topete enoooorme que só curitibana sabia fazer, um litro de spray pra segurar a onda, sapatos de salto plataforma (deixavam a mulher mais alta do que já era). Até aí, tudo bem. Ou quase. Mas o mais legal era ver a produção embaixo disso tudo.

Despeitada, morria de vontade de botar silicone, mas sem grana, já viu, né? Dizia que não tinha coisa melhor que bolas de isopôr presas ao corpo. "Firminhos, certinhos, bonitinhos e ainda por cima chegam antes de mim!" - era o que sempre dizia depois de pronta diante do espelho.

Tô falando sério!!! A mulher comprava as bolas de isopôr, abria-as ao meio e prendia-as ao corpo com fita crepe em volta do torso. Depois colocava um soutien uns três números maiores do que os originais e... voilà: peitos instantâneos. Dizia que o único problema era que ficavam meio duros ao toque, então, não podia deixar a mão boba dos rapazes rolar ali na área.

Eu, lógico, ficava lá, pacientemente aguardando as duas horas e meia de produção antes da gente, finalmente, botar as caras na rua. Mas era divertidíssimo.

Só fico imaginando na hora do "desmanche". O que será que o cara pensava? Nunca tive coragem de perguntar... hehehe

O dia que choveu m. do céu

Cidadezinha do interior. Calor que fazia e a criançada quase nua a brincar na rua.
A moça chega toda esbaforida:
- Tião, corre pra dentro tomar banho! Lucinha, menina desce da goiabeira que tá aparecendo a calcinha!!! Isso não é coisa de moça direita! Entra logo, troca de roupa que - suspira - o Marinho tá chegando pra janta.
Escolhe a melhor roupa, perfuma-se toda, pó de arroz, batom clarinho e sonha com o vermelho paixão guardado pra lua-de-mel. O enxoval ali, escondidinho dentro de um armário velho, já meio sem cor e ela a sonhar acordada.
Todo mundo nervoso. O pai resmungando que por causa do borra-botas vai perder o pôker com cachaça no boteco da Madalena (feia de doer... mas fazia uma batida de ovo como ninguém), a mãe cheirando a galinha, põe a mesa - finalmente vai usar os copos de cristal que ganhou da vizinha rica que se mudou a pouco em troca dos pães de aipim.
Já na sala avisa: Tião e Lucinha não deviam sair do quarto depois que fossem mandados lá pra cima.
- Ô, Neca, nem se der caganeira? Tem dó, vai! - pergunta o menino.
- Não!!!! Nem se der caganeira, mijadeira e qualquer outra eira. Segura e espera - suspiro longo - o Marinho sair.
Eis que chega o tal Marinho, um engomadinho de cidade grande, cabelo todo puxado pra trás - que Tião, mais que rápido disse parecer lambido pela vaca da Dona Titina - cheio de presentes. Pronto. Já ganhou o pai da moça com um litro de cachaça mineira, a futura sogra com um vidrinho de uma "água tão cheirosa que pareciam ter espremido todas as rosas do seu jardim" e os meninos com brinquedos e um doce diferente pra cada um.
O jantar foi perfeito, a comida estava ótima e o gajo, galanteador. As crianças se comportaram feito anjos e a cena era digna de filme: perfeita. Tudo a favor da moça, lua, estrelas, a seresta na vizinhança e... era hoje! Era hoje que o rapaz da cidade grande ia pedir a moça em noivado.
Terminada a janta, foram para a sala o pai e o rapaz. Neca leva os meninos pra cima - que agora se atracam no doce, a mãe cuida da cozinha e, antes de descer para ter com os dois na sala diz:
- Não desçam por nada nesse mundo! A não ser que a casa pegue fogo!
E os dois ficam a observar o conversê pelas frestas do assoalho. Até que... a barriga começa a doer. Tião e Lucinha se contorcem, deitam de barriga pra baixo, botam o travesseiro pra esquentar e quem sabe assim diminui...
- Ai, meu Deus! E agora? Preciso cagar! Essa porcaria desse doce... eu sabia! Aquele engomadinho tava era querendo matar a gente! Eu vou descer e vou no banheiro! - diz Tião.
- Tião, não! A gente prometeu pra Neca! Vai que ela fica solteirona e bota a culpa na gente. Tá louco!
- Tá bom! Tá bom! Mas e agora? Eu tô que não me agüento mais!!! - e olha pra janelinha que dá para o telhado - Já sei! A gente faz no telhado, ninguém vai ver!
E lá se foram os dois pra cima do telhado, aliviarem a barriga. Teria dado tudo certo, não fosse o pai a sair bem na hora.
- Mas... está chovendo merda do céu? O que é isso! Jesus Maria! - e corre o gajo a acudir o pai da moça - ploft! No meio do nariz!
Não vou entrar em detalhes, mas Neca acabou não casando, a mãe infartando, o pai terminou a noite no bar da Madalena.
Ninguém até hoje descobriu o que aconteceu. Quando a Neca subiu encontrou os dois anjinhos a roncar...
Pois é, nem os astros convergiram a favor do enlace.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Gilles Deleuze e a "idéia"

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Criar é ter uma idéia. É muito difícil ter uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram a vida inteira sem ter uma idéia. Pode-se ter uma idéia em qualquer área. Não sei onde não se deve ter idéias. Mas é raro ter uma idéia. Não acontece todos os dias
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Se eu não tenho uma idéia, não me sento para escrever. O que pode acontecer é que a idéia não esteja precisa, que ela me escape, que eu tenha buracos de memória. Eu tive e tenho esta dolorosa experiência, sim. As coisas não fluem. Idéias não nascem prontas. É preciso fazê-las e há momentos terríveis em que se entra em desespero achando que não se é capaz.
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Será que tenho a idéia e não consigo expressá-la ou não tenho idéia alguma? É tão parecido. Se não consigo expressá-la, não tenho idéia. Ou me falta uma parte da idéia, pois ela não chega inteira. Ela vem de partes diferentes, de vários horizontes. Se falta-lhe um pedaço, ela é inutilizável.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Se está até lá... quem sou eu pra duvidar!

Enviarei um anjo adiante de ti para te guardar no caminho e te fazer entrar no lugar que eu preparei. (Ex 23,20)

Acho que é uma das frases mais lindas que eu já li em toda a minha vã existência. Faço questão de relembrá-la todos os dias, pela manhã e à noite, antes de me recolher em berço esplêndido...
Diz pra mim? Não é lindo?

Uia, sei lá o que foi que me deu hoje... estou toda sentimental!

Conselhos de Um Velho Apaixonado

Carlos Drummond de Andrade

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.

Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!

É, filho, livre-arbítrio é uma coisa e tanto... acho que é a terceira ou quarta palavra que mais usei na vida até hoje. Ainda bem que não fui só eu...