domingo, 24 de fevereiro de 2008

Tem remédio?


Tudo simplesmente é, por nenhuma razão em absoluto. Tudo é simplesmente um completo absurdo. Se isso for entendido, então qual é a pressa? E pressa pra quê?
É assim que devo pensar???
Então preciso urgentemente de terapia e lexapro.

Não! Uma camisa-de-força.

Afinal, sou um caso perdido!

Incoerência

Ser incoerente.
Coerentemente incoerente.
Ser capaz de ir de um extremo ao outro: meu céu e minha terra.
Eu? Eu, quem sou?
Oras, torno-me assim o horizonte em que ambos se encontram...

Verdade

A verdade é um celibato. Melhor, é estéril. Ela nunca tem filhos!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Bons relacionamentos, maus relacionamentos e sua relação com a inspiração

Esses dias estava na fila do caixa do supermercado olhando as capas de revista. Numa delas alguém que nem lembro mais dizia que maus relacionamentos rendem boas canções.
Devo acrescentar que os extraordinários também.
Os únicos que não dão em nada são os insossos. Ninguém, que eu tenha conhecimento, escreveu algo do tipo:
meu amor, será que te amo?
tua mornice me cativa
esse teu jeito sem sal me comove
combina com a minha falta de tempero
esse teu papo meia-boca
e o meu já defumado
blá, blá, blá
Pelo jeito o "é ou não é" virou arroz de festa!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Prisão


Foi só quando fiquei lá, naquela palha apodrecida da prisão, que percebi dentro de mim as primeiras sensações do bem. Aos poucos compreendi perfeitamente que a linha divisória entre bem e o mal não passa por países, classes, tampouco por partidos políticos, mas diretamente pelo coração humano - por todos os corações humanos... Lá alimentei minha alma e afirmo, sem hesitar: bendita sejas tu, prisão, por teres acontecido em minha vida.

Alexander Soljenitsyn

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A culpa é das variáveis

Putz! Blitz!
Estão parando todos os carros pretos. Legal!!! "Black is back" e o meu é preto.
O guarda faz sinal e me manda encostar.
- Bom dia!
- Bom dia! - um sorrisinho falso e penso: estava bom até você aparecer...
- Documentos.
- Pois não! O senhor poderia me dizer, por gentileza, do que se trata esta blitz?
- Homicídio. Esta madrugada.
Penso comigo: Oras, por favor, né? O cara já deve estar lá em Floripa, no mínimo, a essa altura do campeonato. Fico calada, lógico.
- A senhora poderia abrir a mala?
Ah, sem essa! Por favor, né? Só o que me faltava. Agora já virei suspeita? Lá fui eu abrir o porta-malas do carro. Nesse meio tempo já tinha mais um deles, armado até o pescoço, do meu lado.
- A senhora poderia me explicar o porquê disso? - diz um deles apontando pra minha caixa abarrotada de facas que eu, por um acaso estava levando pra afiar.
- Essa aqui uso pra cortar a pontinha dos dedos da mão, essa é pra torar o pescoço, essa uso pra destrinchar. Já essa aqui é pra tirar os dedinhos do pé e a outra pra cortar os punhos. Mas a que eu mais gosto é essa aqui: serve pra tudo. Ah, está faltando a tesoura, mas como não cabia mais nada, deixei em casa - lógico que em pensamento, mas que deu uma vontadezinha desgraçada de falar tudo isso, deu.
Ah! Poupem-me!
- Estou levando pra afiar, posso?
Já dentro do carro e a caminho do meu destino, percebi quão inverossímel é a máxima "todos são inocentes até que se prove o contrário". Dever-se-ia dizer: "todos são culpados até que se prove a inocência".
Ainda pra completar, levava um edredon alvinho, que tinha acabado de pegar na lavanderia.
A culpa é das variáveis...

D. Flor, seus dois maridos, três namorados etc etc

Dia desses, à tarde, dei-me ao luxo de tomar um cappuccino com tudo que tinha direito. Creme? Sim. Canela. Opa! Aquele fundinho de chocolate Kopenhagen derretido... Cacilda Becker!!!! Que delícia!
Sento-me à mesa e uns três minutos depois, uma amiga - também estrangeira nesta terra de alemães - acompanha-me no cappuccino. Assunto? Fofoca, lógico! Não nossa, a gente raramente faz fofoca. O assunto foi fofoca, não fofoca genérica. Fofoca que fazem da gente.
Antes que me enrole nessa fofocarada que escrevi, vou contar.
Aqui nesta cidadezinha pequena com síndrome de metrópole, fofoca é uma coisa assim, comum, corriqueira. Todo mundo faz. Quem não faz é estrangeiro. Quem não ouve não é daqui. Você passa pela rua e vê sempre duas ou três personagens desse Big Brother real aos risinhos e, se parar pra prestar atenção... batata! Estão falando da vida de alguém!
E assim a vida segue... A cada nova rodinha, vai-se adicionando mais pimenta. Lógico! Quem quer ficar pra trás? Afinal de contas não é sempre que um burro fala e os dez outros abaixam a orelha, não?
Aqui, até homem se dá o direito de meter o pitaco na vida dos outros e sair falando aos quatro ventos. Bobeia e consegue ser melhor do que as mulheres nessa arte tão feminina. O que muda são os detalhes: ao invés do café, é cerveja - e muita -, ao invés do bolo, são petiscos, no lugar do sofá é a mesa redonda. E aí, não tem hora pra acabar.
Eu, por exemplo, desde que cheguei aqui, já fui personagem principal de muitas estórias das quais nem tive o (des)prazer de participar. Em quatro anos de Blumenau já me arranjaram algumas, confesso, muito boas. Não sei porquê, mas ando a dar ibope. E quer saber? Nem ligo. Sorrio. É, aquele sorrisinho sarcástico, mesmo.
Faço o quê? Sinto-me orgulhosa, lógico. Não sabia que estava "podendo" tanto assim!
Afinal, não é pra qualquer uma: homem, assim como nós, mulheres, também requer tempo, atenção, paciência, discernimento e outros afins. Com esse número todo, já pensou? Horários apertadíssimos, milimetricamente divididos. E ainda tenho tempo para as crianças, lazer, manicure, pedicure, cabeleireiro, fotografar, escrever, trabalhar, cuidar de detalhes da casa, cozinhar e... dormir!!! Veja você!
Se alguém me perguntar hoje se eu tenho 5 minutinhos pra resolver um problema, respondo:
- Pôxa, fulano, infelizmente não! Nem hoje, nem amanhã e nem depois. Muito menos no dia depois de depois de amanhã. Afinal, tenho dois maridos, três namorados, dois amantes, um estepe e meia-dúzia de quebra-galhos pra organizar.
P.S. Adoro morar aqui, até recomendo... faça um test-drive antes.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Pretinho básico

- Alô? Gê? Como é que tu vais na festa hoje à noite?
- Ah, guria, sabe que não sei. Ainda nem entrei no clima...
- Ai, eu tô tão aflita, não sei o que vestir. Acho que vou passar no shopping e comprar algo novo, né? O que tu achas, Gê?
- Se tu dizes... Acho besteira, tens um monte por aí.
- Então tá decidido. Vou lá e depois te ligo. Tchau.


Duas horas depois, toca o telefone de novo.
- Gê? Eu. Tô na loja. Tem um pretinho básico lindo! Não tem brilho, não é muito longo, mas tem um baita racho na lateral. O que tu achas? É preto. Básico.


Será que alguém poderia fazer a gentileza de me explicar por que só pretinho é básico?
Não existe um azulzinho básico?
Não dá pra ser básica com outra cor?
Que falta de criatividade...

P.S. O pretinho pode até ser básico, mas a mulher... não!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Massagista

Amassa, alisa, estica, puxa, aperta, vira... dá uma desconversada.
Contrai, distrai. Ai, caraca! Vai devagar aí que dói!!!
E de novo, amassa, alisa, estica, puxa, aperta, vira...
- Nossa! Que baita hematoma, Georgia do céu! Pra que bandas tu andastes que parece que o Freddie Krueger em pessoa te atacou, hein?
- Patada da cachorra. E só. - e eu a pensar o que é que estou fazendo aqui...
Vira de novo. Mais uma vez, amassa, alisa, estica, puxa, aperta... Parece que não vai ter fim!!!!!
Tudo isso numa única sessão na massagista. Imagina então as outras nove que me esperam!
Abusa, lambuza de creme, saio feito um bife passado na máquina e ainda tenho que pagar?

Alfisina


- Pois é, dona moça. Eu sô presiário agora.
- Nossa! Presidiário?
- Não, dona. Presíario. Aqueles homi qui anda coa pasta preita. Tô nu chiquê. Tenhu presia pópria. Sô donu duma alfisina.
- Como? Desculpa, mas não entendi.
- Alfisina, dona moça. A dona traiz as amiga pra oiá o charango qui eu dô uns discontim quanu percisá mexê nu seu.
- Como é que é?
- Eitcha, dona moça, é os cabelo loro. Meió amostrá pra dona.
(Eitcha, muiézinha ruim das cabeça essa, o que tem di catigoria fazi farta nos cerbo!!) -resmunga.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Insustentável leveza do ser

Depois das férias prolongadas voltei a ter com a Sandrinha (esteticista) e a Lore (massagista) - yes, também tenho minha pitada de vaidade, né? -; saudades que eu estava...
Eu a andar de roupão entre uma sala e outra, a falar asneiras e contar piadas ridículas, a trocar segredinhos culinários, a fazer macaquices (nada que venha a ferir a liberdade de ninguém, longe disso!), elas a gargalhar das minhas façanhas e as outras clientes a me olhar estupefatas diante da "insustentável leveza do ser" que vos fala aqui ... rsrsrs
Umas até arriscam um sorriso, outras se soltam e dão risada até doer a barriga.
Umas poucas me lançam aquele olhar de desaprovação. Essas não me afetam.
Como são bons esses momentos. Ridiculamente bons...

Manias literárias...rsrsrs

  • samaritanear (essa é boa!)
  • confabular
  • lógico
  • caraca
  • c'est la vie
  • caramba
  • desculpa (vivo pedindo)
  • porque
  • sei não
  • Cacilda Becker (ao invés de "Meu Deus", a coitada deve estar de saco cheio)
  • deixa pra lá
  • quem sabe
  • que naba (ao invés de "que droga")
  • bom também
  • nem vem (às vezes arrisco um "Roberto, corta essa" bem melodioso ao estilo Jorge Benjor)
  • ô, meu Pai (essa peguei quando morei em Salvador)
  • parole, parole, parole (cantando mesmo, quando sei que estão tentando me enrolar)
  • já fui
  • não tá mais aqui quem falou
  • avisei, não avisei?
  • desculpa a invasão
  • lalei (roubei)
  • às pencas (não uso só pra bananas)
  • às favas

    De todas, acho que a melhor é outra cantadinha:

    E deixe que digue,
    Que pense, que fale
    Deixa isso pra lá,
    Vem pra cá o que, que tem?
    Eu não to fazendo nada, você também
    É bom bater um papo assim gostoso,
    Com alguém
    (Edson Menezes/Alberto Paes)
    Jair Rodrigues nos vocais... rsrsrs

Ah, que saudades do bar do alemão... Mesa lotada (como a casa), batata-frita com parmesão e cebolinha picada, submarino ou cervejinha bem gelada. Cá entre nós, o boteco pode ser qualquer um. O que faz a diferença é a companhia. Um bom papo é tudo! O lugar é a gente que faz.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

freiras


Quando eu era criança tinha uma fissura tal por saber o que é que as freiras usavam por baixo do hábito...rsrsrs


Gostava de vê-las passando - sempre ligeirinhas - a caminho do educandário que ficava atrás da casa de meus pais em Curitiba. Pareciam dezenas de cópias de "N. Srª", com aquele hábito tão branquinho que doía os olhos em dia de sol.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

ZZZTCH!!!

ZZZTCH!!!

E foi o meu computador pro buraco! Posto do notebook, por isso a ausência de imagens...

Já xinguei até a septuagésima sétima geração do Mr. Bill Gates por causa desse maledeto Windows Vista. O programa da minha câmera maravilhosa (salve, salve) roda no XP.

Hoje dou-me ao luxo de simplesmente não ligar mais pra isso. Cansei-me desses sentimentos. Afinal de contas ele - Mr. Gates - nem sabe que eu existo e que neste momento tornei-me inimiga mortal de um tal programa.

Em tempo: nada pessoal.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

50 First Dates

Em português sob o título Como se fosse a primeira vez . Se ainda não assistiu, vá até a locadora e pegue essa comédia romântica. Filme muito bom dentro do gênero. Perfeitinho pra uma noite descompromissada. Fora isso, vale citar a versão do UB40 pra clássica "Every breath you take", do The Police - minha banda predileta - é fantástica.

Prepare a pipoca e enjoy yourself!



Sinopse do filme (www.cineminha.uol.com.br):
Como se Fosse a Primeira Vez (50 First Dates) é uma adorável comédia romântica estrelada por Adam Sandler, no papel de Henry, um solteirão que não quer assumir compromissos, e Drew Barrymore como Lucy, uma professora de arte, que sofre de uma rara doença neurológica que causa a perda de memória durante a noite - todas as noites.

Veterinário de animais marinhos das regiões árticas, Henry Roth (Sandler) tem seu futuro todo planejado. Quando não está com os animais do Sea Life Park no Havaí, está partindo os corações das turistas em busca de um romance de férias. Para Henry, uma relação estável está totalmente fora de cogitação. Isto iria arruinar seu sonho de uma década de navegar para o Alasca para estudar a vida submarina das morsas.
Henry está perto de realizar seu sonho quando sua escuna, a Serpente do Mar, sofre um acidente durante uma corrida, o levando até o Hukilau Café. Lá, os clientes o olham com desconfiança quando percebem seu interesse pela linda jovem Lucy Whitmore (Barrymore).

Henry fica imediatamente interessado em Lucy, que está sentada sozinha, tomando seu café da manhã. Intrigado por sua maneira metódica de comer seus waffles e transforma-los numa perfeita torre, ele volta ao Hukilau no dia seguinte. Novamente, Lucy está sentada sozinha com seus waffles, mas desta vez os transforma em uma perfeita cabana. Quando ela não consegue fechar a porta de sua cabana de waffle, Henry percebe uma oportunidade e se aproxima dela com um palito que usa como uma dobradiça.

Enquanto conversam sobre waffles e animais marinhos, Henry fica cada vez mais interessado e ignorando sua própria regra de não namorar garotas da cidade, combina de encontrar-se com ela na manhã seguinte. Entretanto, quando chega para o encontro, ela não o reconhece e pede socorro, julgando tratar-se de um maluco.

Lucy não tem a menor idéia de quem ele seja. E Henry percebe que se quiser ganhar seu afeto, vai ter que recomeçar todos os dias pelo resto de sua vida.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Missivas


Srta. Fulana,

Se for possível, gostaria de confabular com vossa senhoria. Com um porém: essa tal confabulação só se poderá dar até às oito badaladas visto que tenho pendengas inadiáveis a resolver no mui respeitoso estabelecimento de D. Clotilde.
Certo de seu retorno o mais breve possível, agradeço-vos e ponho-me à vossa disposição para possíveis altercações.

Um ósculo bem caprichado aqui vos deixo.

Mui respeitosamente, aguardo-vos.

Sr. Fulano.

Viajei na maionese mesmo! Decerto culpa da água que desceu goela abaixo d'uma só vez! Ou o sol superaqueceu os neurônios e eles não estão fazendo as ligações elétricas decentemente...

Qual nada! Já pensou que já se falou assim um dia? Imagina a obra literária imensa que não daria uma hora de namoro em mil oitocentos e bolinha. Os sérios, lógico. Afinal, malandragem existe desde que o homem se tornou homem...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Nunca fui santa!


Ainda da mesma época...

Todo sábado à noitinha era dia de missa. Íamos todos, toda a gurizada da rua - os católicos - onde morávamos (meus pais continuam na mesma casa até hoje). Até a hora que começaram os namoricos. Aí a missa virava álibi para os encontros às escondidas.

Pra não ficar devendo nada pra "Deus, Nosso Senhor" (como chamava o padre) - vai que Ele ficasse brabo por usar seu Santo Nome em prol de uma causa tão nobre: poupar-nos das chineladas), compensávamos nossa ausência na missa das nove horas de domingo. Todos com aquela cara de santo. Do pau oco, lógico.

Até ali, tudo bem. O problema começou quando resolvemos que devíamos ir à "missa" às quartas-feiras à noite. Mesmo dia em que meus pais também compareciam. Oras, casa lotada, ninguém iria perceber mesmo.

Já sabiam que todos se encontravam na casa da tia Lúcia, que ficava na esquina, duas casas depois da nossa e, que íamos depois deles. Ledo engano! Quando dobravam a esquina era um tal de cada um por si que dava até gosto de ver!

Eu, logicamente, ia até o Colégio Paranaense, onde estudava, que, na época ainda tinha internato. De lá, meu namoradinho (primeiro namorado, já viu, né? Aquela coisa toda certinha) e eu caminhávamos até um boteco e sentávamos na escadinha de dois ou três degraus diante de uma porta que vivia fechada. Alí ficávamos a trocar sonhos, confidências até... minha irmã chegar toda esbaforida:
- Rápido! A missa já vai acabar! O pai e a mãe..."

Aquela uma hora cheia que tínhamos passava tão rápido... E então corríamos pra rua da igreja que ficava a uma quadra dali, fingindo que tínhamos acabado de sair.

Só pra constar: a Rê, minha irmã, até hoje me cobra que tinha que ir me avisar toda vez. Que posso dizer? Irmãzinha querida, valeu!!!

Maria do Bairro


Café da manhã tarde. Mais pra brunch que pra café. Entre um gole de café recém-passado e outro, tirei umas estorinhas do fundo do baú.

Minha irmã, quando adolescente, tinha uma fissura tal por novelas mexicanas que nem o namoradinho a tirava da frente da tv nessa tal hora.

Lembro de algumas (muitas) vezes chegar do estágio e dar de cara com a cena pra lá de estilosa, a la Romeu e Julieta - ela na sacada, ele lá embaixo, portão adentro - ele a implorar:

- Desce, Rê!, e ela a responder - Agora, não! Tô assistindo Maria do Bairro! Só quando acabar!

E não há de ver que o coitado ficava a esperar deitado no chão, sob a sacada, de braços abertos feito Jesus Cristo, maldizendo a dita da Maria do Bairro, o SBT e o "desgraçado que tinha que botar a porcaria da novela nesse horário".

Acho que nem ela e, muito menos ele, lembram disso tanto quanto eu. E ao me ver passar arriscava um tímido "oi, guria! Tô esperando a tal Maria do Bairro passar".