segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Os 10 Mandamentos dos Médicos

1 - Se você não sabe o que tem, dê VOLTAREN;
2 - Se você não sabe o que viu, dê BENZETACIL;
3 - Apertou a barriga e fez 'ahn', dê BUSCOPAN;
4 - Caiu e passou mal, dê GARDENAL;
5 - Tá com uma dor bem grandona? Dê DIPIRONA;
6 - Se você não sabe o que é bom, dê DECADRON;
7 - Vomitou tudo o que ingeriu, dê PLASIL;
8 - Se a pressão subiu, dê CAPTOPRIL;
9 - Se a pressão deu mais uma grande subida, dê FUROSEMIDA!
10 - Chegou morrendo de choro, passe um SORO.
E mais:
Arritmia doidona, dê AMIODARONA...
Pelo não, pelo sim, dê ROCEFIN.

NÃO ESQUECENDO QUE O DIAGNÓSTICO É QUASE SEMPRE VIROSE!!!


P.S. Crianças, não esqueçam, isso é meramente ilustrativo.

sábado, 23 de agosto de 2008

Estou de saída para o Tibet

E não sei quanto tempo fico lá.
Aliás, nem sei se volto.
Tomara que Brad Pitt resolva passar por lá e a paisagem se ilumine ainda mais.
Se não, contento-me com o silêncio dos monges.
Até não sei quando.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Bom, Ruim, Assim Assim

Pedro Bial

Quer saber de uma coisa? Tudo pode ser bom, ruim e principalmente
assim assim
Tudo ao mesmo tempo ou não, e não necessariamente nessa ordem
Bom é chegar na praia à tardinha, anuncio de por de Sol, a água
de ondas mansinhas
Jogar bola na espuma e sob o céu encaixa como se fora Tafaréu.

É bom também quando começa a chover
E as gotas fazem cócegas na superfície do mar
Como se um cardume infinito prometesse matar a fome
De todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.

Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão
Morreu de um beijo roubado de um raio, da lembrança a
correria,

O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!

Bom voltar trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada
A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra
você

Que mata no peito faz embaixadinha e devolve redondo... num
chute perfeito
Ruim é a fisgada na coxa sair mancando disfarçadamente...
A vergonha de ta decadente não é ruim, ruim é o orgulho que se
nega a reconhecer a decadência.

É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe que
nunca mais vai voltar
E nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com
estilo e precisão
Traçando um dia perfeito no arco do tempo

Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom
sentir saudade,
Ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas
da cidade
Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você

Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não
realizar

O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não
tem fim!
Bom é amar, ruim é amar...
Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece
é bom colocar chapéu de Bogar que
tudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim
assim...
E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim
assim ... bom!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Viver é super difícil o mais fundo está sempre na superfície.

Paulo Leminski

A galinha e o porco. Uma questão de Atitude.

Você se envolve ou se compromete?

Quando é lançado um desafio em uma organização, ou se faz necessário enfrentar uma situação atípica, surge uma diversidade de pessoas dispostos a colaborar para o sucesso da empreitada.

Cada uma de sua forma. Com seu estilo. Aparecem aqueles muito envolvidos e outros, nem tanto. Mas também existem os comprometidos com os resultados, os que lutam, dão seu
máximo e arrancam leite de pedra, para corresponder com as expectativas. Isso me faz pensar na história da feijoada na fazenda do interior do Ceará. Vale a pena ler.

Numa fazendinha, no interior do Ceará, os bichos comentavam com muita animação as últimas notícias. Parece que haveria uma grande festa para comemorar o aniversário do proprietário, seu Agenor.

Nessa festa, seria oferecida uma feijoada daquelas, para ninguém botar
defeitos. Com tudo o que tem direito. O alvoroço era total, todos os
bichos queriam participar, pois gostavam muito do seu Agenor.
Felipe, o galo de raça, sacudindo suas penas e rebolando a crista, subiu até a parte mais alta do poleiro e começou a cantar como nunca o tinha feito na vida. Era Co... Co...Cooooooo! para todos os lados.

As galinhas, mais de 50, se juntaram e ciscando para aqui, ciscando para lá, acertaram que a
melhor forma de colaborar era dobrando a produção de ovos. E lá se foram direto para os ninhos. Foi uma verdadeira chuva de ovos. Todo mundo se esforçando para fazer o melhor: botar ovos e mais ovos.

Mas havia uma coisa errada. Sentado num canto da parede, com a cabeça baixa e os olhos melancolicamente úmidos, estava Romão, o porquinho.

Catarina, a galinha mãe, se aproximou e perguntou:

- Mas Romão. O que você tem? Todos os animais estão muito felizes com a proximidade da festa, alegres, colaborando, dando o melhor de si, e tu estás ali, triste, deprimido.

Romão, com voz triste respondeu com uma pergunta:

- Me diga Catarina. Existe algum motivo para estar alegre?
- Pois claro – respondeu a penosa. A festa de aniversário!
- Qual será o prato principal? – perguntou Romão, suspirando.
- Feijoada!
- Pois é, Catarina. Feijoada é feita com costelinha de porco, orelha de porco, mocotó de
porco...
- Ai meu Deus, estou entendendo.
- Pois é. Para essa feijoada dar certo, é necessário que eu forneça todos esses ingredientes.

Esta história nos permite visualizar claramente a diferença entre envolvimento e comprometimento.

Os animais estavam, na realidade, altamente envolvidos na preparação da festa. Felipe, no poleiro cantando de galo, na sua, fazendo alarde e se mostrando para todos. As galinhas, mostrando seu envolvimento, multiplicando a produção de ovos, que pouco tem a ver com preparar uma feijoada. Já o Romão, ah, Romão, esse sim que estava comprometido. Para que a feijoada pudesse ter sucesso, ele deveria dar tudo de si, até a vida.

Nas organizações a situação é idêntica. Frente aos desafios encontramos aqueles que ficam alardeando, cantando de galo, lá em cima do poleiro, só 'mostrando serviço'. Outros 'fazem a sua parte', botando ovos aos montes, sem perceber que esse esforço a nada conduz, pois não é de 'ovos' que a organização está precisando nesse momento. Mas também existem aqueles que, como o Romão, são realmente comprometidos com os resultados. Que dão tudo de si para o sucesso do empreendimento. Que depositam a própria vida para que o resultado apareça, sem se importar com preço que devem pagar.

Essa é a tal diferença entre o envolvimento, superficial, aparente e o comprometimento, real e profundo.

Em miúdos: A galinha está levemente envolvida com os ovos, enquanto o porco está totalmente comprometido com o bacon. Ou seja, a galinha põe o ovo e vai ciscar ao sol, mas é o coitado do porco, rapelado e estripado, que vê sua pele fritar e torrar na frigideira.

Em tempo: organizações e relacionamentos funcionam praticamente da mesma forma. Há os que se envolvem, há os que se comprometem. E só existem finais felizes quando ambos os parceiros apenas se envolvem ou quando ambos se comprometem. As medidas tem que ser iguais. Ou um dos lados cai.

P.S. Hoje dei risada. Lembrei de uma certa conversa há tempos atrás no estacionamento de um supermercado onde estávamos justamente a discutir sobre esse assunto. E eu nem imaginava que iria ser o porco da estória... rsrs E que não esteja só, pelamordedeus, né? Frigideira desacompanhada é suicídio na certa! Tomara que quem devore lamba os beiços e todo o meu comprometimento não tenha sido em vão!!!!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ok, ok. Se tudo falhar tento a lógica.

Síntese da Felicidade

Carlos Drummond de Andrade

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Gostei tanto... Trecho do filme 'O amor não tira férias' no blog da Fer

http://drarepolha.blogspot.com/2008/08/perfeito.html
Fernandinha, que coisa triste...

Antes do Amanhecer (Before Sunrise)


Antes do Amanhecer tinha tudo para ser uma tragédia. É superficialmente uma história de dois jovens que se conhecem em um trem, onde o estadunidense Jesse (Ethan Hawke) conhece a bela estudante francesa Celine (Julie Delpy), se encanta por ela e a convence a descer junto com ele em Viena. Na base de muito diálogo, os dois passam uma noite inteira extremamente gostosa juntos, visitando diversos locais e, de maneira deliciosamente suave, se apaixonam. Porém, há um problema: ambos devem continuar seguindo os seus destinos no dia seguinte, tornando-se inevitável a separação.

Só que o que poderia fazer este filme ruim é justamente o seu ponto forte: os diálogos. Os personagens simplesmente vão conversando, dos mais diversos assuntos, enquanto realizam o seu mágico passeio. Entre um flerte e outro, palavras sábias, bem escritas, pronunciadas com uma naturalidade incrível pela apaixonante dupla de protagonistas. As situações convencem, os cenários são os complementos perfeitos para o clima que a história deseja narrar e, sem nem perceber, já fomos magnetizados pelas duas figurinhas principais.

Tudo fica melhor devido ao impressionante trabalho de Ethan Hawke e Julie Delpy. Os diálogos soam tão naturais que parecem até improvisados, mas a jovem dupla de atores, na verdade, é que dá um show de interpretação e dicção, ao pronunciar textos complicados, dos mais diversos temas, sempre em um tom convincente. A química entre os dois é perfeita, daqueles típicos casais que olhamos na rua e pensamos no quanto foram feitos um para o outro.

A direção de Richard Linklater deixa o trabalho com um gostinho especial, com alguns planos enormes e de complicados enquadramentos. A edição faz a única noite do casal passar voando, e quando menos percebemos, o filme já está no fim. Isso porque tudo está no tempo certo, desde as situações até a duração das cenas, passando pelo complicado balanceamento entre construção de personagens e exposição de sentimentos. A balança nunca fica desequilibrada.

Mas o que prova que estamos vendo uma obra-prima é o final. Obviamente não irei contar o que acontece, deixarei para que vocês descubram por si sós, mas aviso que o passeio pela câmera nos locais onde os personagens estiveram, agora sem eles, deixa um profundo sentimento de vazio incômodo, que denuncia o grande mérito do trabalho. Assim que os créditos finais começarem a passar pela tela e as lágrimas já tiverem irrigando o rosto de todos, já vai ser tarde demais: estaremos completamente apaixonados por Celine e Jessie.

É um romantismo extremo, acompanhado da louca paixão adolescente, que mesmo depois de tantos anos, quando bem empregada, continua a funcionar. É o mais próximo que um filme pode chegar de mostrar duas pessoas se apaixonando de verdade.

Antes do Pôr-do-Sol (Before Sunset)


O amor é a coisa mais complicada do mundo. Tudo mundo acha que é simples, porém, não é. Também não existe fórmula matemática. Para viver o amor em sua forma mais perfeita é preciso, apenas, amar. O problema é que o amor não é uma via de mão única. Existe, na grande maioria das vezes, um relacionamento. As escalas de sentimentos entre pessoas que se amam é que são as responsáveis por complicar tudo (e tornar tudo divertido também). Não é possível quantificar, medir, imaginar o tamanho de um amor. Basta amar. As diferenças entre o que uma pessoa sente por outra, e vice-versa, é que dão o tom do relacionamento. Ou seja: o relacionamento perfeito só acontece quando as duas pessoas estão exatamente na mesma sintonia. Vamos lá, aceite, isso é muuuuuuito raro.

Se na vida real, viver o amor é lidar com extremos, no cinema não poderia ser muito diferente. Filmar o amor é trafegar entre o piegas e o grosseiro. Existem filmes fofinhos demais. Existem filmes que falam de amor com um certo rancor. E existem alguns poucos filmes que conseguem trafegar na linha fina que separa a perfeição da obviedade. É exatamente nesta linha fina que trafega o diretor Richard Linklater com Antes do Pôr-do-Sol (Before Sunset), pseudo continuação do fofo e cult Antes do Amanhecer (Before Sunrise, 1995).

Porém, para se falar de Antes do Pôr-do-Sol, é necessário voltar no tempo, lá pelos idos de 1995, antes que uma noite em Viena entrasse para a história de dois jovens: a francesa Céline (Julie Delpy) e o americano Jesse (Ethan Hawke). Naquela época, retratada com delicadeza em Antes do Amanhecer, Jesse estava curtindo férias na Europa, e, em um trem, conhece Céline. Os dois conversam, descem do trem para passear em Viena, passam a noite juntos e... acabam se apaixonando. Na hora de ir embora, marcam um novo encontro: seis meses depois, no mesmo local, eles voltariam a se ver. Eles nem trocam nomes, nem telefones. Jesse volta para os Estados Unidos, Céline volta para a França e... o filme acaba. Antes do Amanhecer é um típico filme adolescente, daquela fase em que todo mundo ama sem, ao certo, saber o que é o amor, porém, acreditando ser para sempre (e, na maioria das vezes, é). Registra o encontro de algo que, na verdade, não se encontra: é apenas o acaso pedindo uma chance para se transformar em realidade. Sua beleza reside no perfeito retrato da inocência juvenil e no carisma do casal Julie Delpy e Ethan Hawke. Antes do Amanhecer é uma pequena obra-prima sobre romance juvenil, em todos os seus detalhes.

Quando Richard Linklater anunciou o projeto Antes do Pôr-do-Sol, um receio surgiu. Como manter a beleza, a inocência e a verossimilhança da história original sem tender ao pastiche, a autocópia e a pieguice? Será que Linklater irá conseguir reeditar a aura de seu primeiro filme? Como vão se portar Ethan Hawke e Julie Delpy após tantos anos, tendo trabalhado em diversos outros projetos até retornar ao ponto original de suas trajetórias como Jesse e Céline? Um suspiro de leveza: Antes do Pôr-do-Sol é sóbrio, inteligente, honesto e, acredite, inocente. Linklater, Delpy e Hawke (os três assinam o roteiro) precisaram apenas de 15 dias e US$ 10 milhões (uma ninharia em se tratando de cinema) para contar a história de Céline e Jesse nove anos depois da noite de luar passada em Viena. Será que eles ficaram juntos? Será que casaram? Será que ambos se transformaram em pessoas totalmente diferentes uma da outra? Céline foi aos EUA? Jesse foi para a França? O que aconteceu com a vida de nosso casal romântico? Mais perguntas.

O argumento central de Antes do Pôr-do-Sol é simples. Jesse está em Paris, última escala da turnê de divulgação de seu novo livro, que conta a história de um rapaz que conhece uma francesa em um trem e passa uma noite inesquecível ao seu lado. Uma repórter, francesa, pergunta: "Essa noite aconteceu?". Ele responde. "Isso não importa". Ela insiste. "Mas aconteceu?". Ele reluta, mas confirma. Na pequena e charmosa livraria, em um canto, Céline observa a cena. O reencontro do casal põe fim a todas as perguntas acima, desde as críticas (sim, o diretor consegue reeditar a magia do primeiro filme) até as cinematográficas (não vou estragar o prazer de sua descoberta na sala de cinema, leitor).

Céline e Jesse caminham juntos, agora, pelas ruas de Paris. A câmera segue os dois protagonistas por uma das cidades mais belas do mundo. É possível, de cara, perceber que o tom da conversa mudou. Como diria outro, com 20 anos todo mundo quer mudar o mundo. Com 30, a gente reluta em mudar os móveis de lugar dentro de casa. Naturalmente, ao tom sonhador do primeiro filme são adicionadas as experiências dos protagonistas e uma certa melancolia. O filme se passa no tempo real de um passeio pela capital francesa, e tudo é centrado nos diálogos do casal. Em cerca de 80 minutos, Céline e Jesse relembram histórias da noite em Viena, desvendam o obscuro dos nove anos, exibem a mesma inocência (agora, claro, ferida pela amargura, afinal, viver é acumular tristezas) e conquistam o telespectador, impossibilitando o abandono da trama antes que ela seja concluída.

A rigor, por mais antagônico que pareça, Antes do Pôr-do-Sol é muito mais simples do que Antes do Amanhecer. A teoria reforça o antagonismo, pois é como se o diretor tivesse jogado a fábula romântica de seu primeiro filme dentro do liquidificador filosófico do desenho Waking Life, que, por sinal, traz o casal Céline e Jesse teorizando o mundo em uma cama. Porém, na prática, é um flagra do momento em que o amor caminha na linha fina da perfeição. É como se Linklater tivesse feito o primeiro filme como um simples objeto para chegar a este. O resultado é um filme tocante, comovente, sincero. Sobretudo, belo e simples, como o amor. Como o amor.

Só pra descontrair... O Mala Man

O assunto da aula era medo.
A professora começa a perguntar...
- Pedrinho, do que você tem mais medo?
- Da mula-sem-cabeça, 'fessora.
- Mas, Pedrinho, a mula-sem-cabeça não existe. É apenas uma lenda... Você
não precisa ter medo.
- Mariazinha, do que você tem mais medo?
- Do saci-pererê, 'fessora.
- Mariazinha o saci-pererê também não existe. É somente outra lenda... Você
não precisa ter medo.
- E você, Joãozinho? Do que tem mais medo?
- Do Mala Man, 'fessora.
- Mala Man? Nunca ouvi falar... Quem é esse tal de Mala Man?
- Quem é eu também não sei, 'fessora'. Mas toda noite minha mãe diz na oração: 'Não nos deixeis cair em tentação e livrai-nos do Mala Man'

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Jantares temáticos...


Indiano... Só de mulheres. Imagina quanta besteira não saiu???? E saí vestida assim mesmo, pra levar a Liana pra casa. A Jana, teve a brilhante idéia de querer comprar umas coisinhas na loja de conveniências do posto de gasolina. Adivinha quem é que entrou? Eu, lógico. Imagina a cena... dá-lhe mantra!


Namastè... नमस्ते O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você.
Espanhol... Não. Não tomei a Sangria toda sozinha, não se preocupem! Ainda não cheguei nessa fase... rsrs

Também não me perguntem no que eu estava pensando... sinceramente? Nem eu sei!!!

O vermelho escarlate das minhas rosas colombianas...


Sempre presentes. Em mim. Pra mim. E disso não abro mão.
O meu mistério desabrocha ali, a cada pétala que se abre.
No mesmo vermelho escarlate que corre nas minhas veias... intenso e vivo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Como chamar a polícia

por Luiz Fernando Veríssimo

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.

Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardado em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado.
Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi: Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Quintana, meu amado, tens toda razão...

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não
conseguiu levar:um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento…
Mario Quintana

Blogoterapia

Essa eu tinha mesmo que contar... Fui numa loja de artigos de dança à procura de uma saia flamenca (hummm, não queira nem saber, isso rende outro post!) e papo vem, papo vai, uma cliente me olha fixamente nos olhos e diz:

- Nossa! Como tu 'é' (s.i.c) bem-resolvida, né? Tens uma 'aura' tão boa... Dá vontade de ficar do teu lado sempre! Um sorriso verdadeiro... Teus amigos têm sorte. Conta o segredo, tu 'faz' (s.i.c) terapia? Com quem?

Fiquei mudinha por uns instantes, agradeci e depois não me contive: caí na gargalhada! Lógico que todo mundo deu risada. Só respondi que sim, que era um tipo diferente de terapia, mas era tiro certo. Recomendo.

Então ela - e todo mundo que estava lá na loja me olha de um jeito curioso...

- Mas, de que linha é? - pergunta.
- Ah, do tipo blog. Eu faço 'blogoterapia', já ouviu falar? Funciona que é uma beleza. Tudo bem que é assim meio escancarado pra todo mundo ver, mas dá um alívio garantido.

Definitivamente, depois dessa, já começo a acreditar que não existo mesmo!

domingo, 3 de agosto de 2008

Coisas de Georgia...

Hoje tinha me predisposto a sonhar com o que eu queria mesmo. Fiz até aquele exerciciozinho mental de imaginar-me no lugar, ouvir os sons, as pessoas etc e tal. Só que não deu nada certo. E olha que isso é uma coisa difícil de acontecer.

Tive a capacidade de sonhar que estava lendo um livro (imaginário, lógico) sobre como Fulano chegou a presidência do conselho regional de sei lá eu o quê. Criei capa, orelhas, prefácio e tudo o mais que tinha direito. E olha que o tal livro era até ilustrado!!!

Juro que cheguei a ler algumas páginas do meu livro imaginário. Criar um texto sonhando não deve ser coisa de gente muito sã das idéias, mesmo. E no final ainda conheci o autor. Perguntei pra ele porque quis tanto ser presidente de um órgão já em desuso, decadente e cheio de gente impertinente. O que ele me respondeu? Não sei. Acordei bem na hora, por falta de sorte.

Dizem q todos os sonhos têm algum significado, que é o subconsciente/inconsciente fazendo um mix das memórias do dia anterior. Ainda não entendi qual foi a desse sonho. Será que o tal órgão decadente se referia ao coração?

sábado, 2 de agosto de 2008

Se me mandar pra PQP, eu vou!


Só não sei se volto mais!!!!!
Já te mandaram pra lá e você não sabia como chegar? Seus problemas acabaram! Na melhor forma Tabajara, o lugarzinho tão famoso existe sim na cidade de Bela Vista de Minas, perto de João Monlevade - MG e “Puta que Pariu” é o nome de um dos bairros.

Que tal programar sua próxima viagem de férias pra esse recanto mineiro ein?! Fico me perguntando o que as pessoas compram lá de lembrancinhas. Imagina um chaveiro em formato de queijo com a frase: “Fui pra Puta que Pariu e lembrei de você!”

Então, seguindo o seu conselho, fui. Fui pra Puta que Pariu. E não sei se volto mais.

Enfim, cheguei à conclusão...




... de que cultura demais, memória de elefante e agora adiciona uma pitada generosíssima de memória fotográfica também. E tudo isso preso numa alma de intensidade indescritível e deveras insuperável, misturado com um sentimento avassalador que insiste se fazer presente, definitivamente, não dá certo.

Acho que descobri a raiz do problema. Só nascendo de novo. Quem sabe?

Será que um bocadinho de burrice, muita ignorância, imaturidade pra dar e vender e aquela sindromezinha de EMO não seria melhor? Caraca... todas as que eu conheci se deram bem. Muuuuuito bem.

Um desenho criado por Hanna-Barbera em 1971 chamado "Lippy the Lion and Hardy Har Har", ilustra bem o que tento dizer aqui.

As aventuras de um leão "armador" que vive tentando "se dar bem" e seu amigo, uma hiena (uma "hiena" mesmo!), que ao contrário das outras de sua espécie, quase ou nunca ri - Hardy - que possui como característica principal ser altamente pessimista, marcada nitidamente pelas seguintes frases:
- Oh dia! Oh azar!
- Lippy, isso não vai dar certo...

Clica aí embaixo que você vai se lembrar da frase.
http://www.hannabarbera.com.br/lippy/ohdia.au
O duro é que o pessimista sempre se dava bem no final... Tô percebendo!

P.S. Na vida real, eu sou beeem otimista e vivo sorrindo. Dos meus problemas, ninguém sabe... Quem me conhece pessoalmente sabe disso.